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Postado dia 02/09/2018 às 16:17:11

Missões Universitárias: ardor e vinculação renovam a fé da juventude

Na missa de envio já era possível ver que a Mãe de Deus havia escolhido cada um dos missionários. No Santuário Tabor Esmagadora da Serpente, durante o envio, a disposição e alegria eram nítidas em cada um. A Missão cujo lema foi “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de sua mente” (Rm 12,2), foi a missão de vínculos.

                Após a divisão de comunidades e duplas, os missionários seguiram para a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Cambé, onde foram recebidos pela comunidade. Depois da recepção cada uma das três comunidades missionárias dirigiu-se para onde ficariam hospedados nos próximos dias.

                Nas capelas São Francisco e São Camilo e na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, os setenta e cinco corações viveram dias de céu na terra, saboreando do amor de Deus e da predileção que a Mater tem para com seus filhos de Schoenstatt.

                A primeira noite de espiritualidade foi reservada para um exame de consciência. Com uma foto da infância, papel e caneta, os missionários foram convidados a anotar pontos que marcaram sua vida, coisas positivas e negativas. Depois, queimando os papeis, os espirituais falaram sobre as cinzas. “Quem encosta pode manchar os dedos, mas sob a luz, ela brilha. Como você tem sido? Suja ou marca positivamente a vida das pessoas à sua volta?”

                Com este questionamento e reflexão pessoal, viveram intensamente a programação que contava com visitas, terço e missas especiais de quinta a sábado, além de arraiá, feira de profissões, além de muitos momentos de espiritualidade e vinculação. Cada dupla ou trio visitou as famílias da região da Paróquia e conseguiu transbordar nas casas tudo que nas espiritualidades e envios a alma se preencheu.                      

                Na sexta, após a missa pelas vocações, aconteceu o Arraiá na Paróquia. Unindo todos os missionários, contou também, com grande participação da comunidade. Foi um momento marcante para os paroquianos, já que os missionários convidaram todos para dançar a quadrilha. Após a brincadeira houve também um momento de espiritualidade com adoração ao Santíssimo.

                No sábado, a programação da tarde trazia a feira de profissões. Tratando-se de uma missão universitária, a feira propunha a junção de áreas similares em “stands” para tirar dúvidas e ajudar a população. Assim, cursos das áreas de agronomia, comunicação, direito, educação (letras e matemática), educação física e fisioterapia, engenharias e arquitetura, saúde, uniram-se e atenderam os participantes. Além da feira, aconteceram as oficinas para jovens, adultos e crianças.

                No domingo, último dia das missões, as comunidades realizaram as partilhas, comentando o que mais havia marcado durante os dias e o que de lá, levariam para sua vida. O que mais chamou atenção dos assessores e da comissão central foi como, unanimemente, os participantes destacaram os vínculos e a união. “Foi a melhor experiência que pude viver”, partilhou Isabela Santos. A jovem de 21 anos não participa do Movimento de Schoenstatt, mas foi convidada por membros da JUFEM. “A minha comunidade, Nossa Senhora de Fátima, foi maravilhosa, desde a quarta feira me acolheram e fizeram me sentir em casa. Só tenho a agradecer cada um. Todas as pessoas cheias de Deus unidas por um só objetivo, que é levar Jesus e Maria para as casas onde visitaríamos. Tudo que aconteceu lá ficará marcado em minha vida. Desde os envios, refeições todos juntos, brincadeiras, orações, as casas que fomos, nossas conversas e risadas e todos os eventos, foi tudo lindo”, completou. Para Jeferson Alcantara, da comunidade São Francisco, o que mais chamou atenção foi a vivência nas casas. “As missões para a igreja sempre são importantes, levar o amor e a palavra de Deus para as pessoas, principalmente nas famílias é algo muito gratificante. O que mais me chamou a atenção foi a confiança que elas, apesar de suas dificuldades, tem em Deus e sabem que Ele sempre as protege, pra mim em especial foi isso ver a alegria nos lares em nos receber e viver em uma verdadeira comunidade.”

                Como nosso Pai e Fundador afirmava “A juventude é um contínuo movimento, juventude é um contínuo peregrinar – peregrinar ao encontro dos mais elevados ideais”, muitos dos missionários também foram movido por essa busca de elevados ideais, serviçalidade e crescimento pessoal. Maria Eduarda Botelho, de 20 anos, mora sozinha e estava de férias. Renunciando aos dias que poderia ficar em casa com sua família, surpreendeu-se com as Missões. “Me surpreendi, pois fui pensando em me entregar toda e me perder na servidão da missão e o que encontrei foi o meu eu mais genuíno e pleno. Assim como São Francisco, que é meu santinho de devoção e, por providência, deu o nome da minha comunidade linda, me senti chamada a “servir ao amor e ao Servo” e pela primeira vez disse meu sim sem hesitar. A MU 2018 foi uma experiência espiritual inexplicável. Aprender a confiar no Senhor, a conhecer um pouquinho mais sobre a nossa Mãezinha e a descobrir que não estou só nessa caminhada me fortaleceu pra vida e me fez alguém novo. Meu coração é infinitamente grato a quem me chamou a esse momento singular, a quem esteve comigo nesses dias incríveis e Aquele que me permitiu sentir tudo isso”.

                Mais tarde, a missa final reservava uma mensagem providencial. Presidida pelo assessor do JUMAS, Pd. Júlio Rodrigues, a celebração tinha como evangelho a multiplicação dos pães. Participando de todos os dias do evento, acompanhando o trabalho da comissão central mesmo antes das missões e vivendo as espiritualidades com a juventude, a homilia emocionou todos os missionários que já transbordados de amor, voltariam renovados para suas casas. “Durante esses dias, vimos também a multiplicação de talentos. Cada um fez a sua parte, doou um pouco do que tem. Tiro o chapéu para essa juventude que deu seu sim e serviço para que as missões acontecessem. Muitos que estão aqui, não estão de férias ainda, mas deram um jeito de estar presente”, compartilhou durante a homilia. Com a providência do evangelho, vale lembrar que a multiplicação de pães e de talentos, em parte muito significativa, acontece por nossa abertura à graça de Deus. Muitas das bênçãos que recebemos parte do nosso sim humilde, alegre e serviçal para o Senhor.

                Após o fim da missa, os missionários despediam-se e a emoção dentro da Paróquia, comprovou que durante as missões a Mãe de Deus atraiu corações juvenis, os educou e revelou suas glórias, através dos vínculos formados. Cada missão é única e, para o missionário Everton Santana, essa foi a dos vínculos: “Que essas vinculações – que se refletiam em todos os momentos – nos ajudem a buscar cada vez mais a santidade e fazer da vida nossa missão”.

Pamella Carvalho


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