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Postado dia 12/09/2016 às 15:20:53

Carta aberta do II Encontro Estadual de Ecumenismo

Tua justiça é como as montanhas... Tu, Senhor, preservas as pessoas e os animais” (Sl 36.7)

 

Nós, cristãs e cristãos reunidas/os em Londrina/PR, entre os dias 09 e 11 de setembro de 2016, para o II Encontro Estadual de Ecumenismo que teve como tema “Casa Comum: cuidado e responsabilidade”, compartilhamos com nossas Igrejas, comunidades de fé, organismos ecumênicos e todas as irmãs e irmãos de caminhada, as convicções e apelos que brotaram de nossos diálogos, vivências e partilhas.

Neste sentido, reafirmamos que:

  1. 1. Nossa compreensão de ecumenismo se articula em torno de um olhar evangélico e sistêmico, no qual a unidade que buscamos e que é desejo do próprio Senhor (Jo 17.21) se expressa na unidade de toda a humanidade e da Criação.
  2. 2. Nas raízes bíblico-teológicas de nossa fé residem os princípios da compaixão, da misericórdia, do cuidado e da empatia, que nos permitem contemplar na Casa Comum o projeto criador, redentor e santificador de nosso Deus.
  3. 3. Nosso empenho ecumênico tem princípios e opções claras, que orientam a agenda que assumimos, pautada no respeito e acolhida das diversidades, na defesa e promoção dos direitos humanos, na abertura ao diálogo inter-religioso, espaços estes que nos permitem testemunhar e atualizar nossa experiência de fé.
  4. 4. O cuidado com a Casa Comum é constitutivo do projeto de unidade que buscamos.

 

Estas convicções nos impelem a:

  1. 1. Converter e reconfigurar nossos estilos de vida e consumo, pessoal e comunitário, em vista de um testemunho mais coerente da fé, e no compromisso com o legado a ser deixado às gerações futuras;
  2. 2. Favorecer a incidência sócio-política em relação ao cuidado com a Casa Comum a partir de nossas Igrejas, comunidades, organismos e espaços de atuação, na luta pela justiça ecossocial, pelo reconhecimento e valorização das diversidades e das minorias;
  3. 3. Conhecer e potencializar as iniciativas de desenvolvimento sustentável existentes em nossas realidades socioeclesiais, especialmente em nosso estado, numa postura proativa frente aos desafios e contradições com os quais nos deparamos;
  4. 4. Denunciar profeticamente os projetos que atentam contra a integridade e a dignidade da Casa Comum, tais como o uso indiscriminado de agrotóxicos, as fontes não sustentáveis de energia, o Fracking, a deficiência do saneamento básico público e universal, a destruição das nascentes de água e mananciais, o descarte indevido e irresponsável de resíduos.

 

Como nos moveu o lema de nosso encontro – O Paraná unido em oração, refletindo sobre a Casa Comum – nos dispomos a permanecer unidos/as e mobilizados/as em torno desta causa, imperativo ético, espiritual e ecológico de nossa fé e nossa ação.


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