Irmãos e Irmãs, nesta 15⁰ Romaria da Unidade, celebramos 50 anos de fé e evangelização em nossa Diocese, sustentados pela Palavra de Deus, pela Eucaristia, pela oração, pelo testemunho de tantos Irmãos e Irmãs que nos precederam e pelo mandato do Senhor que neste mês missionário, novamente nos ecoa: “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8) e reafirmamos o compromisso de sermos uma Igreja da unidade, da comunhão, fraterna, solidária e missionária, seguindo Jesus Cristo, com Maria, nossa Padroeira que, no seu Imaculado Coração, nos acolhe, intercede por nós e caminha conosco. Hoje, nesta celebração jubilar e da unidade, podemos afirmar com o Salmista, no Sl 132,1.3: “Como é bom, como é agradável os irmãos viverem unidos, pois o Senhor nos dá a benção e a vida para sempre”. É o que pedimos e desejamos para todo o nosso povo, toda a nossa diocese. Saúdo com alegria Dom Manoel, os presbíteros, o Diácono André, os Religiosos e Religiosas, os Seminaristas, os Vocacionados e Vocacionadas, os Leigos e Leigas que, juntos somos convocados e enviados como discípulos missionários em nossa Igreja Diocesana. Iluminados e conduzidos pela Palavra de Deus nesta manhã, quero refletir três dimensões: o caminho do povo Deus rumo à terra prometida; o caminho de Jesus para Jerusalém; o nosso caminho de discípulos missionários de Jesus hoje. A primeira leitura nos falou do caminho do povo de Deus rumo à terra prometida, feito de exigências e provas, que só foram vencidas pela fé e pela oração confiante no Deus vivo e libertador, suplicada por Moisés e sustentada por Aarão e Ur. Deus não fica inerte às nossas preces, aos nossos sofrimentos; a oração perseverante, unida, compartilhada entre irmãos e em comunidade, nos abre à vontade e à ação de Deus, que conta conosco, para vencer as contradições e males presentes hoje no mundo e realizar seu projeto de salvação que é vida em plenitude para todos. O caminho de Jesus para Jerusalém: no caminho para Jerusalém, Ele conta a parábola da viúva, para nos ensinar a cultivar uma fé viva, constante, operosa que transforma a realidade e manifesta a justiça de Deus. A viúva, não se desesperou, nem se resignou, mas permaneceu firme em seu pedido. Assim, devemos ser nós: perseverar no testemunho, na oração confiante, na nossa caminhada de fé, pois Deus faz justiça aos seus eleitos e a justiça de Deus se manifesta em redenção e salvação, eliminando as injustiças no mundo e conduzindo todos ao seu desígnio salvífico. Receber a justiça de Deus, é receber a salvação de Deus, é ser no mundo de hoje sinal e presença dessa justiça redentora. Nosso caminho de discípulos missionários de Jesus: é o caminho de testemunhar o Reino, a salvação que ele veio trazer a toda a pessoa humana, em todos os tempos e lugares. Fazemos esse caminho juntos em unidade, comunhão, oração, espírito fraterno e participativo, com a Palavra de Deus e com o nosso XI plano de pastoral, sendo uma Igreja da Palavra (com as escolas bíblicas, os grupos bíblicos de reflexão, a iniciação à vida cristã, a leitura orante da bíblia, o amor e a vivência da Palavra de Deus); a Igreja do Pão (da acolhida, da escuta, da espiritualidade, da liturgia, do encontro, da solidariedade, da paz); a Igreja da Caridade (da ação social, da partilha, da justiça, do testemunho, da misericórdia) e a Igreja da Missão (dos conselhos, pastorais, movimentos, serviços, organismos, da visitação, das santas missões populares, das periferias existenciais e geográficas): os nossos quatro pilares da evangelização, testemunhando o Reino de Deus. Seja este tempo jubilar, tempo de agradecer e de se comprometer, pessoal e comunitariamente, pois, o lema de nosso jubileu nos lembra que ainda temos um longo caminho a percorrer (I Rs 19,7) e este é para nós, tempo de graça e de salvação que o Senhor nos concede. Amém.
+ Dom Marcos José dos Santos
Bispo Diocesano de Cornélio Procópio