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Postado dia 14/03/2018 às 09:18:41

Solenidade de São José - Por Dom Manoel

Na próxima segunda feira, 19 de março a Igreja católica celebra a solenidade de São José, esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria, Padroeiro da Igreja Universal.

         O Papa Francisco é um grande devoto de São José. Tem em seu quarto uma imagem de São José dormindo. Em sua viagem às Filipinas, falando às famílias, fez esta observação: “Eu gostaria de dizer a vocês também uma coisa muito pessoal. Eu gosto muito de São José porque é um homem forte e de silêncio. No meu escritório, eu tenho uma imagem de São José dormindo, e enquanto dorme ele cuida da Igreja. Quando eu tenho um problema ou uma dificuldade eu escrevo em um papelzinho e o coloco em baixo de São José, para que ele sonhe sobre isso, ou seja, para que ele reze por este problema”. Esta confidência do Papa Francisco divulgou a devoção a São José dormindo. Muitas pessoas passaram a ter em seus escritórios ou salas uma imagem de São José dormindo.

         A devoção do Papa Francisco a São José se manifesta também em outros gestos. A Santa Missa que deu início ao seu pontificado foi celebrada no dia 19 de março, ou seja, no dia de São José. Também, por determinação sua, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos orientou para que o nome de São José fosse acrescentado em todas as orações eucarísticas. E ainda, numa cerimônia, acompanhado do Papa Emérito, Bento XVI, consagrou o Estado do Vaticano a São José e a São Miguel Arcanjo.

Com muita freqüência em seus pronunciamentos refere-se a São José.  No avião, na volta de Estrasburgo (França), depois de sua visita ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa, falando aos jornalistas disse: “Todas as vezes que pedi alguma coisa para São José, ele me concedeu”. No dia 22 de dezembro, na homilia sobre o Evangelho do 4º domingo do Advento que narra o sonho de José, onde o Anjo ordena para que receba Maria como esposa, porque a criança que estava para nascer era obra do Espírito Santo, o Papa faz o seguinte comentário: “José era um homem que escutava a voz de Deus, profundamente sensível à sua vontade secreta, um homem atento às mensagens que vinham do profundo do coração e do alto. Não se recusou a seguir o seu projeto de vida, não permitiu que o ressentimento o envenenasse, mas estava pronto para se colocar à disposição da novidade que, de maneira desconcertante, lhe foi apresentada. Assim ele se tornou ainda mais livre e grande”.

No ano passado por ocasião da solenidade de São José, esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria, na missa celebrada na capela da Casa Santa Marta, onde mora, o Papa assim se pronunciou: São José, “este homem, este sonhador, é capaz de aceitar esta tarefa difícil e que muito tem a nos dizer neste período de uma grande sensação de orfandade. E assim este homem toma a promessa de Deus e a leva avante em silêncio com fortaleza, a leva avante para aquilo que Deus quer que seja realizado”. Continuando sua reflexão, na mesma homilia, o Papa afirma: São José “é o homem que não fala, mas obedece, o homem da ternura, o homem capaz de levar adiante as promessas para que se tornem firmes, seguras. O homem que garante a estabilidade do Reino de Deus, a paternidade de Deus, a nossa filiação como filhos de Deus. Gosto de pensar José como guardião das fraquezas, de nossas fraquezas: é capaz de fazer nascer muitas coisas bonitas de nossas fraquezas, de nossos pecados”. No final da homilia, observou que São José “é um homem capaz de sonhar”, por isso, seu pedido era para que São José alcançasse de seu filho adotivo a todos nós “a capacidade de sonhar, porque quando sonhamos coisas grandes, coisas bonitas, nos aproximamos do sonho de Deus, das coisas que Deus sonha para nós”. E, encerrando em definitivo a homilia, disse: “Que aos jovens dê, porque ele era jovem, a capacidade de sonhar, de arriscar e assumir as tarefas difíceis que viram nos sonhos. E dê a todos nós a fidelidade que geralmente cresce num comportamento justo, e ele era justo, cresce no silêncio, nas poucas palavras, e cresce na ternura que é capaz de proteger as próprias fraquezas e a dos outros”.

 

Dom Manoel João Francisco - Bispo Diocesano


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