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Postado dia 04/01/2018 às 08:30:39

Ano do Laicato - Conheçam a história da Luzia da Catedral

ANO DO LAICATO

Sou Luzia. Mas não escondo de ninguém que um grande pecado que tenho é o orgulho de também ser conhecida como a Luzia da Catedral. Quando comecei, ainda era uma adolescente e, hoje, aos 48 anos, continuo me colocando a serviço da comunidade e tentando, em minha casa e em meu ambiente de trabalho, colocar em prática o que professo.

Com o grupo de adolescentes, no início da década de 80, veio o convite para ser catequista e me alegro pela graça de ter ajudado no início dessa atividade, tanto na matriz da Paróquia como na comunidade do Jardim Progresso que, na época, era chamado de Vila Seca, onde não havia local para a catequese; muitas vezes, nosso encontro catequético acontecia à sombra de uma paineira.

Fiz muitos cursos os quais foram me trazendo formação teórica e, principalmente, espiritual. Ainda adolescente, coordenei junto com amigos de minha idade, um grupo de reflexão na vizinhança de casa. Comecei a ajudar na Liturgia também. Depois vieram: grupo de jovens (JUPAE, não esqueço!) juntamente com o teatro da Paixão de Cristo, Pastoral Diocesana da Juventude (ajudei durante alguns anos no FEMUSCOP – Festival de Música Sacra de Cornélio Procópio), Pastoral Diocesana da Liturgia. Mas não posso deixar de registrar que um grande momento de encontro com o Cristo Vivo foi minha passagem pelo movimento de Cursilhos. Fiz o 1º Cursilho para Jovens da Diocese, em abril de 1991, sou grata ao padre Orisvaldo, meu padrinho de Cursilho.

No entanto, o lugar do leigo é no mundo. Apesar das minhas atividades pastorais, eu preciso dar meu testemunho nos ambientes onde trabalho, onde convivo. Por isso, como mãe e esposa, cada mulher tem um grande compromisso: “falar de Deus aos filhos; e, dos filhos a Deus”, e a mesma coisa em relação ao marido. Meu esposo vem de uma família evangélica, mas isso nunca foi motivo de conflito. Ele me acompanha, estamos juntos na Liturgia e ele também me ajuda na catequese. Uma filha é coroinha, por decisão dela: nunca forcei. E como é bonito ver a sua responsabilidade. Uma vez, saindo para um Cursilho, elas me disseram que ficavam tristes por eu ficar longe, mas também ficavam felizes, pois sabiam que eu estaria pertinho de Jesus.

No ambiente do trabalho, no exercício profissional, também temos de mostrar nosso cristianismo, as outras pessoas precisam enxergar Cristo em nós. Sou professora e também exerci por vários anos um cargo de liderança à frente do grupo de professores. Não sei se consigo, mas a figura do Cristo Pastor é a que procuro seguir. Como professora, coordenadora pedagógica, sei que o líder não tem comandados, mas deve ser o que acolhe o outro, o que vê Cristo na figura de seus alunos ou de seus companheiros, os quais, às vezes, precisam ser carregados no colo. Tenho meus defeitos, mas procuro, principalmente pela leitura diária da Palavra de Deus, ouvir e seguir a proposta de Jesus, pois “devo florescer onde Ele me plantar”.

Que o ano dedicado ao laicato nos ajude, nos incentive, desperte em nós essa bela vocação, pois a Igreja precisa de nós na Instituição-Igreja, com responsabilidade, dando o nosso melhor; mas ela também precisa de nós sendo igreja aonde a instituição não chega.

Obrigada, Senhor, por me chamar, mesmo sendo tão indigna! Ajude-me, com sua graça, a fazer o melhor que posso pela grandeza do seu reino. Que eu saiba sempre me fazer instrumento para que sua luz brilhe em minhas palavras e ações. Conto com sua graça e com sua misericórdia.

Luzia Ramos


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