Os Conselhos Municipais e o X Plano Diocesano de Pastoral

A injustiça no Brasil ainda mata e causa muito sofrimento. Embora a Constituição Brasileira de 1988 preveja o direito à vida, à liberdade e à igualdade, esses direitos não são plenamente respeitados, principalmente pela falta da participação democrática da sociedade.

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB e o X Plano Diocesano de Pastoral de Cornélio Procópio, na sua 5ª Urgência, estabelecem que a Igreja e os Discípulos Leigos adotem a “missão” de defender vida como dom de Deus. A Igreja está inserida na sociedade e deve lutar pelos direitos à vida e à justiça, principalmente para os mais pobres. O Discípulo não se cala diante da injustiça, da falta de saúde, de alimentação, de moradia, de terra, de trabalho, de educação, de liberdade, de esperança, enfim, do direito à vida, devendo reagir à tentação de ser cristão que se mantem distante da realidade. A Igreja incentiva os leigos à participação ativa na construção de um mundo mais justo. Uma maneira de participação bem concreta é atuar nos Conselhos Municipais em defesa das políticas públicas.

Em Cornélio Procópio, os Conselhos Municipais organizaram a UNICON – União dos Conselhos Municipais, obtendo legitimidade e reconhecimento público pela Lei Municipal nº 014/2017. A UNICON tem como princípio ser apartidária, promover o diálogo, a troca de experiências e a integração de ações, preservar a autonomia de cada Conselho, e democratizar as informações. É interessante perceber também, o diálogo inter-religioso com representantes de outras Igrejas. A UNICON é formada pelos Conselhos Municipais de Saúde, de Educação, da Assistência Social, de Segurança Alimentar, de Sanidade Agropecuária, do Desenvolvimento Econômico, das Políticas contra o Álcool e outras Drogas, da Cultura, dos Direitos da Criança e do Adolescente, dos Direitos da Pessoa Idosa, dos Direitos dos Animais, da Alimentação Escolar, incentivando a reativação ou a criação de outros Conselhos, conforme as necessidades sociais.