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Postado dia 30/08/2017 às 15:47:00

Na Reflexão da Semana, Dom Manoel fala sobre o mês da Bíblia

Na próxima sexta feira estaremos iniciando o mês de setembro que para nós católicos é o mês da Bíblia, livro sagrado que contém a Palavra de Deus. Neste mês, nas paróquias são realizadas celebrações ou outras atividades, chamando a atenção dos fiéis para a centralidade da Palavra na vida dos cristãos e das cristãs.
Neste clima pensei que seria interessante apresentar o pensamento do Papa Francisco sobre a Palavra de Deus, contido em algumas de suas homilias e discurso.
No dia 23 de março de 2017, em sua homilia na Casa Santa Marta, baseando-se num trecho do Livro do Profeta Jeremias, assim se expressou: “Quando não paramos para ouvir a voz do Senhor, nos distanciamos dele, viramos as costas para ele. E quando não ouvimos a voz de Deus, ouvimos outras vozes. Se hoje todos nós pararmos um pouco e olharmos para o nosso coração, veremos quantas vezes fechamos os ouvidos e quantas vezes nos tornamos surdos. Quando um povo, uma comunidade, mas também uma comunidade cristã, uma paróquia, uma diocese, fecha os ouvidos e se torna surda, não ouve a Palavra de Deus, procura outras vozes, outros senhores e acaba seguindo os ídolos, os ídolos que o mundo, a mundanidade, a sociedade lhes oferece, se distancia do Deus vivo”.
 
No Angelus de 05 de março, também de 2017, dirigiu-se à multidão que enchia a Praça de São Pedro, da seguinte forma: “O que aconteceria se usássemos a Bíblia como usamos o nosso celular? Se a levássemos sempre conosco (ou pelo menos um Evangelho de bolso), o que aconteceria? Se voltássemos quando a esquecemos, se a abríssemos várias vezes ao dia; se lêssemos as mensagens de Deus contidas na Bíblia, como lemos as mensagens em nosso celular, o que aconteceria? Com efeito, se tivéssemos a Palavra de Deus sempre no coração, nenhuma tentação poderia nos afastar de Deus e nenhum obstáculo poderia nos desviar no caminho do bem; saberíamos vencer as propostas do mal que está dentro e fora de nós; e seríamos mais capazes de viver uma vida ressuscitada segundo o Espírito, acolhendo e amando nossos irmãos, especialmente os mais frágeis e carentes, inclusive nossos inimigos.
 
No dia 23 de setembro de 2017, na homilia da missa que celebra diariamente na Casa Santa Marta, inspirado no capítulo 8º do Evangelho de Lucas que declara bem-aventurado o que ouve a Palavra de Deus e a põe em prática, fez o seguinte comentário: “Duas são as condições para seguir Jesus - ouvir a palavra de Deus e colocá-la em prática. Esta é a vida cristã, nada mais simples, nada mais fácil. Talvez nós a façamos um pouco difícil, com muitas explicações que ninguém entende, mas a vida cristã é isto: Escutar a Palavra de Deus e praticá-la". “Cada vez que abrimos o Evangelho, lemos uma passagem e perguntamo-nos: 'Com isto Deus fala-me, diz-me qualquer coisa? E se diz alguma coisa, o que me diz? ‘- isto é escutar a Palavra de Deus, escutar com os ouvidos e escutar com o coração. Abrir o coração à Palavra de Deus. Os inimigos de Jesus ouviam a Palavra de Jesus, mas estavam perto dele para tentar encontrar um erro, para fazê-lo escorregar para que perdesse a autoridade. Mas nunca se perguntavam: "O que diz Deus para mim com esta Palavra?' E Deus não fala só para todos: sim, fala para todos, mas fala para cada um de nós. O Evangelho foi escrito para cada um de nós”.
 
No Angelus de 01/02/2015, a reflexão partiu do Evangelho do dia, que fala da autoridade com que Jesus ensinava seus discípulos. “Essa autoridade, explicou o Papa, quer dizer que, nas palavras humanas de Jesus, se sentia toda a força da Palavra de Deus. E uma das características da Palavra de Deus é realizar aquilo que diz. Tanto que, disse Francisco, depois de ter pregado, Jesus demonstrou sua autoridade libertando um homem que estava possuído pelo demônio. “Com a força somente da sua palavra, Jesus liberta a pessoa do maligno”. O Pontífice destacou que o Evangelho é palavra de vida que liberta os que são escravos dos espíritos maus deste mundo, como a vaidade, o apego ao dinheiro e o orgulho. O Evangelho muda o coração e a vida. Portanto, é tarefa dos cristãos difundir por toda a parte a força redentora, tornando-se missionários e arautos da Palavra de Deus. (…) Que Maria nos ensine a sermos ouvintes assíduos e anunciadores do Evangelho de Jesus”, concluiu.
 
Que estas palavras pronunciadas pelo nosso querido Papa Francisco, em diferentes ocasiões, nos sensibilize e nos motive para que a Palavra Deus seja, como de fato é, “lâmpada para nossos passos e luz para nossos caminhos” (Sl 119,105).
 
Por Dom Manoel João Francisco - Bispo da Diocese de Cornélio Procópio-PR


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